quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Sobre o muro das ações



         Estive ausente dos olhos do mundo e mergulhei em uma jornada pelo autoconhecimento. Viajei por um Universo de situações conflitantes, encontrando ora a luz ora a escuridão. Um universo novo para mim e todo o mundo. Nessa viagem não conheci apenas a mim, mas também o ser humano.
         Estou convencido que o mal não é algo externo, mas está dentro de nós. Apenas devemos controlá-lo e não deixar que venha a tona. O ser humano tem dois lados, como em um muro que divide um terreno. Cada um escolhe de que lado muro vai ficar. Deste modo, acredito que em todas as situações da vida temos que nos posicionar de um lado deste mudo, mesmo que haja consequências não sempre agradáveis.
No meu senso de Justiça, aqueles que ficam em cima do muro com medo das consequências devem receber a mais severa das penas: O FOGO ARDENTE DO INFERNO QUE ARDE O FUNDO DA ALMA.
O mal que habita nosso ser tem que ser mantido sobre controle a todo instante, devendo ser solto para punir aqueles que se consideram acima do bem e do mal, derrubando-os do muro que divide nossas ações.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Soneto do Louco





Acordei e o mundo está diferente.
Meus olhos não enxergam como antes.
Meus ouvidos ardem com as mentiras.
Minha língua está solta para verdade.

Corro pelo mundo arrancando as máscaras
Que cobrem os rostos dos falsos.
As mãos que batiam em minhas costas,
Hoje estão cerradas contra mim.

Uns gritam de medo,
Outros apenas riem.
Fui rotulado por todos.


Estou fora do antigo mundo
E por isso todos me chamam
De louco! Louco! Ha Ha Ha!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Ultimato

    Como posso deixar que a ociosidade me domine? O que direi aos meus amigos quando perguntarem o porquê de minha omissão perante os erros que sociedade comete? Hoje, aqui nesta mesma alcova de onde vos escrevo. Eu com toda  fé em Deus renuncio aos bens materiais. Só me resta lutar e um dia morrer.
    A única coisa que ainda me faz viver é a esperança de um dia reencontrar meus pais e amigos que deixei a tempo atrás. Mas esse caminho tortuoso que escolhi é o meu destino. Tenho certeza que se eu escolhesse o caminho mais curto e fácil, eu não seria feliz, faltaria sempre alguma coisa. Não posso dar aos meus inimigos o gostinho do meu arrependimento. Escolhi ser eu mesmo e não uma marionete, ou seja, escolhi minha liberdade, um pouco difícil sim, mas consegui oras! Todos aqueles que amam de verdade merecem sua liberdade e por que não sonhar com um Brasil melhor. Deixando de ser instrumento do mal para ser uma peça fundamental para o funcionamento da máquina que erguerá nosso tão amado país tropical. Quando falo de amor, me refiro a tudo aquilo que está guardado no inconsciente e basta deixar fluir.
    Vocês sabem o meu nome e conhecem minhas idéias, isso não basta para vocês? Não importa a cor do meu cabelo, se uso ou não bigode, se sou negro, branco ou amarelo. O que importa é que amo todos vocês, até aqueles que não me amam. Então pessoal, vamos parar de procurar respostas nas coisas óbvias e vamos gastar o pouco de tempo que nos resta para abastecer nossos corações de esperanças.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Divagando no Sanatório da Vida


Caminho pelo mundo.
Pelo mundo divago.
Divago sobre tudo.
Sobre tudo falo.

Falo para dor afastar.
Afastar o que não quero lembrar.
Lembrar já é pensar.
Pensar como nessa dor parar.

Dor que sufoca.
Sufoca a toda hora.
Toda hora me vem essa angústia.
Angústia que deixa uma pessoa maluca.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Mar de Angústia

                                   Por que vivo assim com um frio insuportável que atinge até a minha alma? Vivo em um Mar de Angústia, revolto e cheio de dor, ressentimento, insegurança e falta de humor. Vivo abafado, buscando ar cada segundo. Ar este que não sei se vai encher meus pulmões de alívio para essa dor lacerante que fere a minha alma. Não está vendo as cicatrizes? Não sei se na verdade vivo ou me deixo levar por esse Mar chamado Angústia.

                                   Existem dias em que um simples abrir de olhos e despertar são um verdadeiro sacrifício. Nesses dias queria apenas dormir e que o resto do mundo simplesmente esquecesse da minha inútil existência. Será que a utilidade da minha existência é a chave que irá abrir a porta desse quarto escuro? Tem dias que acho que sim, tem dias tenho a certeza que nunca sairei da escuridão. Cadê aquela mão para me afagar/ Não sei, somente encontro mãos para me apontar, me esbofetear, me negar, me reprovar, me censurar...

                                   Nesse mar que navego somente vejo o findar no horizonte. Como os antigos navegantes sigo esse rumo, não sabendo se cairei no abismo profundo desse Mar de Angústia e enfrentar os Monstros que assolam a minha alam ou encontrarei o Porto Seguro que trará paz a está moribunda alma.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Aqui

Aqui Vivo!
Aqui Respiro!

Aqui Como!
Aqui Bebo!

Aqui Amo!
Aqui Sofro!

Aqui Definho!
Aqui Angustio!

Um dia irei dizer:
Aqui Morro!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Sonho coletivo

         Onde está o coletivo? O que aconteceu com o “nós”? Por que hoje se busca o sucesso individual e não mais o do grupo? Encham o seu “bucho” e esqueçam dos que passam fome? Por que você desceria do seu pedestal para dar a mão ao seu irmão?
         Coletivo, grupo, nós, o significado destas palavras foram esquecidas pelo homem moderno. Hoje o que impera é o individualismo, os que pensam no próximo são taxados de sonhadores ou lunáticos. Onde foi parar o sonho de uma sociedade onde viveremos em harmonia?  Este sonho não acabou, apenas esta ofuscado pela sua vontade de fazer tudo pensando só em você. Corra atrás de seus sonhos, mas não se esqueça que podemos correr juntos, ou melhor, sonhar juntos.
         Saiba que a felicidade está logo ali para aqueles que sorriem, choram, sonham e lutam em grupo. O que seria dos Beatles se John, Paul, George e Ringo não fossem tão unidos? Seria o nada, não teria sentido. É importante pensar em si, mas também pense naquele que precisa de você. Afinal, um banquete é bem mais saboroso quando partilhado com os amigos.