quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Ultimato

    Como posso deixar que a ociosidade me domine? O que direi aos meus amigos quando perguntarem o porquê de minha omissão perante os erros que sociedade comete? Hoje, aqui nesta mesma alcova de onde vos escrevo. Eu com toda  fé em Deus renuncio aos bens materiais. Só me resta lutar e um dia morrer.
    A única coisa que ainda me faz viver é a esperança de um dia reencontrar meus pais e amigos que deixei a tempo atrás. Mas esse caminho tortuoso que escolhi é o meu destino. Tenho certeza que se eu escolhesse o caminho mais curto e fácil, eu não seria feliz, faltaria sempre alguma coisa. Não posso dar aos meus inimigos o gostinho do meu arrependimento. Escolhi ser eu mesmo e não uma marionete, ou seja, escolhi minha liberdade, um pouco difícil sim, mas consegui oras! Todos aqueles que amam de verdade merecem sua liberdade e por que não sonhar com um Brasil melhor. Deixando de ser instrumento do mal para ser uma peça fundamental para o funcionamento da máquina que erguerá nosso tão amado país tropical. Quando falo de amor, me refiro a tudo aquilo que está guardado no inconsciente e basta deixar fluir.
    Vocês sabem o meu nome e conhecem minhas idéias, isso não basta para vocês? Não importa a cor do meu cabelo, se uso ou não bigode, se sou negro, branco ou amarelo. O que importa é que amo todos vocês, até aqueles que não me amam. Então pessoal, vamos parar de procurar respostas nas coisas óbvias e vamos gastar o pouco de tempo que nos resta para abastecer nossos corações de esperanças.

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